Mais detalhes estão abaixo e são extraídos de entrevista concedida hoje a Roberto Samora da Reuters.
A safra de cana do CSul do Brasil na temporada 2017/18 deverá cair 2,3 por cento na comparação com o ciclo anterior, para 593 milhões de toneladas, com alguns importantes Estados produtores como Goiás e Minas Gerais registrando perdas de produtividade em função da falta de chuvas
Choveu menos no período de abril de 2016 a março de 2017. Na média do CSul choveu 10 por cento menos que o normal e isso afeta para pior o rendimento agrícola da safra 2017/18.
A distribuição de chuvas no CSul foi bastante irregular no último ano. São Paulo (maior produtor do CSul) , Mato Grosso do Sul e Paraná tiveram chuvas abaixo da média, mas ainda na faixa da normalidade. No entanto, Goiás e Minas Gerais, segundo e terceiro maiores em área de cana, registraram no período chuvas 31 por cento e 23 por cento abaixo da média, respectivamente
A área plantada para 2017/18 no CSul teve um aumento de 2 a 3 por cento ante a temporada passada, insuficiente para compensar a quebra de produtividade dos canaviais. O rendimento agrícola para 2017/18 deve ficar entre 73 e 74 toneladas de cana por hectare, ante 76,5 toneladas na temporada passada, um total relativamente distante do recorde registrado em 2009/10, de 86 toneladas/hectare.
A renovação do canavial feita para esta safra até aumentou, o que poderia ter favorecido mais as produtividades não fosse o problema climático. A renovação ainda não chega a favorecer muito o rendimento agrícola, mas o canavial está melhor tratado, menos sujeito a pragas e doença
Apesar da redução da nova safra, a produção de açúcar está prevista em 36,6 milhões de toneladas em 2017/18, ante 35,6 milhões em 2016/17. A produção de etanol do CSul do Brasil em 2017/18, por sua vez, vai recuar para 24,25 bilhões de litros, ante 25,65 bilhões em 2016/17.
O etanol até este momento se mostra menos atrativo que o açúcar para o produtor.