Jânio Quadros e a vassoura. Collor e os marajás. Bolsonaro com ordem & progresso. E o Brasil?
Na Segunda-Feira da semana passada (18/06) a UNICA (União da Indústria de Cana-de- Açúcar) promoveu em São Paulo-Capital um Fórum onde se apresentaram os principais candidatos à Presidência da República.
De forma geral, todos os candidatos reafirmaram o apoio ao agronegócio de cana-de-açúcar por ser um setor competitivo a nível global, pela geração de empregos de qualidade no campo e pela contribuição positiva ao meio ambiente.
Além disso ficou o sentimento de que, de tempos em tempos (mais ou menos 30 anos), nos deparamos com um candidato a salvador da Pátria, com algum tipo de limpeza sócio-política. E os resultados obtidos da eleição dos mesmos não foram bons.
Resumidamente ficou para mim as seguintes impressões dos candidatos.
João Amoedo – Partido Novo. É uma boa semente na política brasileira, tal como foi o PT nas suas origens. Tem um discurso mais liberal na economia com menos Estado e mais setor privado.
Paulo Rabello de Castro é um recém chegado do partido PSC, liderado pelo pastor Everaldo. Também tem um viés liberal.
Henrique Meirelles do MDB é conhecido. Tem sido competente como gestor da economia e seria um Presidente de resultados. A questão que se apresenta é se ele teria o voto do eleitor. Uma coisa é ser competente; outra, muito diferente, é ser eleito.
Ciro Gomes (PDT) e Aldo Rebelo (Solidariedade) mostraram um viés intervencionista na economia, sendo Ciro mais extremado pró-esquerda antiga.
Marina Silva do partido Rede. Muito bem articulada e informada da realidade do País. Destacou a necessidade de se ter uma proposta de Governo. Porém, não ficou claro qual seria esta proposta no seu caso.
Jair Bolsonaro – PSL. Muito bom palestrante. Convincente, claro. Lembra muito Collor de Mello. Sua bandeira é ordem e progresso, mesmo dando armas para que a população se defenda dos bandidos e deixe de ser refém dos mesmos, como é hoje. Sobre política econômica falou pouco.
Geraldo Alckmin – PSDB. Foi uma boa surpresa, pois foi claro na sua proposta de Governo, que inclui reformas necessárias ao ajuste das finanças públicas e à correção de desigualdades de direitos. O comentário que fizemos para o Henrique Meirelles aplica-se ao Alckmin: é preciso ser eleito.
Espero que Deus continue brasileiro e conduza o resultado da eleição. Por enquanto, o que podemos fazer é rezar. Em Outubro/18 o que nos restará é votar naquele candidato que nos pareça melhor (não precisa ser perfeito). E nada de voto banco e nulo.
Julio Maria M. Borges Sócio-Diretor da JOB Economia e Planejamento.
Email: julioborges@jobeconomia.com.br site: www.jobeconomia.com.br