Previsão válida para a semana de 08 a 12 de Janeiro de 2018
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Centro-Sul |
Norte-Nordeste |
Açúcar |
Relativa estabilidade com viés de baixa. |
Relativa estabilidade com viés de alta. |
Etanol Anidro |
Relativa estabilidade com viés de alta. |
Relativa estabilidade com viés de alta. |
Etanol hidratado |
Relativa estabilidade com viés de alta. |
Relativa estabilidade com viés de alta. |
Por relativa estabilidade de preços entendemos preços iguais aos da semana passada + 1%. O grau de acerto das nossas previsões de curto-prazo tem oscilado no intervalo de 84% (no caso do açúcar e do etanol na região CSUL) e 89% (no caso do etanol na região NNE).
Fatores que influenciam os mercados e preços no curto-prazo. Considerações sobre o trading.
Mercado interno de açúcar e etanol:
Região Centro-Sul:
Açúcar – Para esta semana, prevemos que os preços apresentem relativa estabilidade. Com o retorno do recesso de final de ano alguma demanda para reposição de estoques tende a ocorrer. Por outro lado, o suporte do mercado externo pode ser reduzido com uma possível queda de preços do açúcar no mercado externo, daí o viés de baixa.
O desconto médio de preços para o açúcar de qualidade inferior em São Paulo (cor até 250), representado pelo Índice JOB, alcançou níveis relativamente altos de 12,3%.Isto quando comparado com o açúcar de melhor qualidade (cor < 180) medido pelo Índice ESALQ.
Etanol – Com a competitividade do etanol na bomba deixando de existir nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, acreditamos em uma redução da demanda. Porém, devido a existência de uma inércia neste processo de redução da demanda, vemos espaço para preços relativamente estáveis ainda com viés de alta.
Região Norte-Nordeste:
Açúcar – O suporte de preços do mercado internacional de açúcar age a favor da manutenção de preços, em torno dos níveis atuais, na região nesta semana. Um viés de alta deve ser considerado via redução de oferta, na medida em que o açúcar de mercado interno é a pior opção comercial do NNE.
Etanol: O suporte de preços do CSUL cria um ambiente positivo para preços.
Mercado internacional de açúcar, petróleo e taxa de câmbio:
Açúcar: Os preços do açúcar em NY subiram nas últimas três semanas, passando de 13,70 para 15,30 ¢/lb, considerando a média semanal de preços. Ou seja, passaram de um piso para um teto observados nos últimos meses, com volumes de negócios ainda relativamente baixos. O excesso de oferta global, que está se confirmando com o tempo, deve influir negativamente nos preços daqui para frente.
- O prêmio do açúcar refinado sobre o açúcar demerara continua relativamente baixo na faixa de US$ 50-55/t.
Fixação de preços de açúcar para exportação.
- Os preços médios do açúcar “raw”, considerando a média semanal, apresentaram forte alta desde o final de 2017 até a semana passada.
- A fixação de preços de exportação deve ser considerada levando-se em conta: no curto prazo os preços se mostram firmes; o excesso de oferta global persiste; todas as telas do mercado de futuros apresentam preços acima do custo d+d (despesas mais depreciação) de R$ 1050,00/ tonelada.
- O etanol anidro continuou apresentando elevação de preços e sua remuneração passou para 1250 R$/t, acima das telas da nova safra 2018/19 do CSUL.
Petróleo: Os preços do petróleo e gasolina seguem em alta. O resultado aponta para um forte compromisso do cartel em cumprir os cortes mesmo com preços mais altos do petróleo no mercado internacional.
Na última semana tivemos a adição de risco geopolítico no mercado, com os protestos contra o governo do Irã desde a última semana , embora a produção e as exportações do país não tenham sido afetadas. O mercado mostra relativa estabilidade com viés de alta.
O preço médio semanal da gasolina no Brasil elevou-se na última semana quando comparado com a semana anterior. Diante dos preços médios menores praticados no mercado internacional, temos espaço para queda de preços da gasolina no mercado interno nesta semana.
Câmbio: A reforma da previdência e o julgamento do ex-presidente Lula trazem incertezas de curto prazo. As eleições brasileiras trarão incertezas no médio prazo. A economia brasileira traz alívio imediato para os mercados. Tudo isto significa volatilidade potencial da taxa de câmbio.