O El Niño ainda presente nas áreas de cana do Brasil. Bom para o CSUL e ruim para o NNE.

O terrorismo tem atraído jovens com promessas de uma vida melhor. O populismo de alguns governos também acena com a possibilidade mediata de melhoria de bem estar , via transferência de renda e aumento do consumo sem a contrapartida do aumento da produção. Tudo isso é irresponsável com a sustentabilidade do desenvolvimento econômico de um país

Como lembrou Milton Friedman, economista e prêmio Nobel de economia, ” não existe esta coisa de almoço grátis”. Então vamos trabalhar e vamos voltar ao nosso blog da cana de açúcar.

Condições do tempo nas áreas de cana do Centro-Sul

• De acordo com o monitoramento de clima da JOB Economia, a chuva acumulada no mês de Agosto/16 foi de 63 mm, acima da média histórica (22 anos) de 29 mm. No Estado de São Paulo, nas áreas produtoras de cana-de-açúcar, choveu 68 mm; a média histórica para o mês é de 29 mm.
• No acumulado da safra (Abril-Agosto) a chuva no CSUL está acima da média em 22%. Em São  Paulo, 39%.

Condições do tempo nas áreas de cana do Norte-Nordeste

• Em Agosto/16 choveu cerca de 46 mm. A média histórica é de 108 mm.
• No acumulado da safra (Setembro-Agosto) a chuva na região foi 17,8% abaixo da média histórica.

Conclusão:

• a safra de cana do CSUL até agora confirma uma safra recorde concentrada na produção de açúcar, motivada por preços muito bons. Associado a isto as exportações brasileiras de açúcar serão também um recorde. A produção de etanol será menor que a do ano passado e o abastecimento do mercado será mais restrito.
• a safra de cana no NNE está sendo reduzida em relação as expectativas iniciais. Como consequência, teremos uma boa produção de açúcar e uma produção mínima de etanol. Importações de etanol americano devem ser intensificadas na região.