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20/07/2017
Alta maior do PIS/Cofins na gasolina protege setor de etanol, diz JOB Economia
Alta maior do PIS/Cofins na gasolina protege setor de etanol, diz JOB Economia.

Alta maior do PIS/Cofins na gasolina protege setor de etanol, diz JOB Economia

Publicado em 20/07/2017 18:39

SÃO PAULO (Reuters) - A elevação na alíquota de PIS/Cofins incidente sobre a gasolina, anunciada nesta quinta-feira pelo governo, não retira o "benefício" da queda nas cotações do combustível para o consumidor e ainda pode ser considerada "protetora" para o setor de etanol, disse o sócio-diretor da JOB Economia e Planejamento, Julio Maria Borges.

Isso porque a indústria de cana-de-açúcar foi contemplada com uma alta menor dos tributos do que a gasolina, o que tende a favorecer a competitividade do etanol hidratado --concorrente do combustível fóssil-- e consequentemente impulsionar suas vendas, explicou o consultor.

"Para o setor (de etanol) é bem-vindo, é uma medida protetora, em linha com uma política ambiental sadia. Acredito que a competitividade do álcool com a gasolina, que estava sendo dificultada, tem condições de se recuperar, aumentando as vendas de etanol", destacou.

O etanol tem encontrado mais dificuldade de competir com a gasolina, mesmo na safra quando os preços tendem a cair, porque a nova política de preços da Petrobras tem seguido as cotações internacionais do petróleo, mais pressionadas nos últimos tempos.

O governo elevou a alíquota de PIS/Cofins incidente sobre o litro de gasolina de 0,3816 centavos para 0,7925 centavos. No caso do etanol produtor, passou de 0,12 centavos para 0,1309 centavos, enquanto no etanol distribuidor, de zero para 0,1964 centavos.

"Sob o aspecto macroecômico, é uma saída que o governo tem para resolver o déficit de caixa dele. O benefício que a população tem tido com a queda da gasolina será compensado, reduzido, mas não anulado", afirmou ele.

Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), principal associação de usinas do país, afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto por enquanto. O setor defende que o biocombustível tenha vantagens tributária por ser menos poluente.

Já o Sindicom, que representa os distribuidores de combustíveis, afirmou que não comentaria o assunto e o impacto da medida para o preço na bomba.

(Por José Roberto Gomes)

Fonte: REUTERS

 
 
 
 
 
 
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