1- O desempenho da moagem na região, até 01/04//2017, praticamente números finais da safra, segundo o Ministério da Agricultura, é inferior àquele ocorrido no mesmo período da safra passada. Em termos de produtos finais açúcar e etanol (tecnicamente expressos em termos de ATR -açúcares redutores totais) a produção de 2016/17 é praticamente igual àquela da safra passada devido ao melhor rendimento industrial. Ou seja, a safra 2016/17, com a mesma produção da safra passada, operou com custos menores.
O açúcar é o produto de destaque, repetindo o padrão ocorrido no CSUL, ou seja: mais açúcar (20% a mais) e menor produção de etanol, principalmente hidratado.No caso do etanol a queda de produção total da safra 2016/17, em relação a 2015/16, é também de 20%. O etanol hidratado apresenta uma redução de 32,0%, enquanto o anidro apresenta uma produção inferior de 7,9%.
Cabe destacar que 54% da produção final é açúcar e 46% é etanol.
2- Do lado dos preços a safra nordestina de açúcar e etanol foi bem melhor que a anterior.
O preço médio do açúcar no período Abril/16 – Março/17 alcançou R$ 95,00/saca 50 kg . Na safra passada 2015/16 foi de R$ 73,00/saca 50 kg. Todos estes preços à vista com ICMS de 18%.
O preço médio do etanol anidro no mesmo período de safra (Abril/16-Mar/17) foi de R$ 2,00/litro o que significa 5,9% acima da safra passada. No caso do etanol hidratado o preço médio da safra foi de R$ 1,74/litro o que representa 7,2% acima da safra passada. Todos os preços de etanol são a vista e líquido de impostos.
3- Finalmente cabe uma pergunta: a usina do NNE teve condições de gerar lucro e reduzir seu endividamento ?
A resposta é sim. Principalmente no caso do açúcar onde o preço médio recebido pela usina foi superior ao custo de produção em 20% ou mais. No caso do etanol, o preço médio recebido pela usina ficou próximo do custo de produção. O conceito de custo de produção inclui o total de despesas e depreciação.
Ou seja, finalmente uma boa safra para o Norte-Nordeste .